A Ilha de Santo Amaro (primitivamente denominada Guaíbe ou Guaibê) foi doada a Pero Lopes de Souza em 1.534 pelo rei de Portugal, D.João III, para que fosse colonizada e cuidada. Como oferecia poucas condições de fixação ao homem, em virtude de seu relevo montanhoso e de difícil acesso, ficou abandonada, habitada apenas por indígenas e alguns colonos.
O nome da Ilha - SANTO AMARO - teve origem no nome da capitania que também abrangia toda a extensão da ilha e terras vizinhas, limitadas pela Capitania de São Vicente. Alguns afirmam que a ilha só passou a ser chamada efetivamente "Ilha de Santo Amaro" a partir da construção da Capela de Santo Amaro, localizada pouco atrás da Fortaleza da Barra Grande, construção essa realizada por José Adorno em 1.540..
Até meados do século XVIII, a Ilha de Santo Amaro era habitada, pois, os selvagens eram aliados dos piratas franceses , o que tornou difícil a colonização por parte dos colonos portugueses, sendo que, somente a partir da metade do século XIX, deu-se o seu desenvolvimento.
Em 1.892, a Companhia Prado Chaves instalou a Companhia Balneária da Ilha de Santo Amaro, com o objetivo de fundar a Vila Balneária de Guarujá. Para isso foram encomendados dos Estados Unidos 0l hotel, 0l igreja, 0l cassino e 46 residências, desmontáveis e construídos em pinho da Geórgia. Uma estrada de ferro passou a ligar o Estuário de Santos à nova Vila. Duas barcas possibilitavam o transporte de passageiros da estação da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (em Santos) ao atracadouro do Balneário, em Itapema.
A Vila foi inaugurada em 2 de setembro de 1.893, pelo Dr. Elias Fausto Pacheco Jordão, tendo comparecido a esse evento inúmeras autoridades e personalidades da sociedade paulista, entre elas o Governador do Estado, Bernardino de Campos. Até o ano de 1.926,a Companhia Prado Chaves teve domínio sobre a cidade, passando depois à Prefeitura Sanitária, sendo nomeado o Sr. Juventino Malheros seu primeiro prefeito.
Em 1.931, Guarujá foi integrado ao Município de Santos, situação que perdurou até 1.934. Pelo Decreto 1.525, de 30 de junho de 1.934, o Governador Armando Salles de Oliveira criou a Estância Balneária de Guarujá, nomeando o Dr. Cyro de Mello Pupo, seu prefeito.
Até 1.947, Guarujá foi administrada por prefeitos nomeados quando, pela Lei Orgânica dos Municípios, promulgada em 18 de setembro de 1.947, passou a Município, ocorrendo, então, a primeira eleição para o período de 1.948 a 1.951, sendo eleito o Sr. Abílio dos Santos Branco para o cargo de prefeito.
Em 1.953, a antiga Vila Itapema passou a Distrito, recebendo o nome de "Vicente de Carvalho", em homenagem ao poeta santista. Conhecida internacionalmente por suas belezas naturais, pelas praias e paisagens sofisticadas, Guarujá atrai milhares de turistas e, dia a dia, confirma seu codnome, "A Pérola do Atlântico".
www.guaruja.sp.gov.br
Hino de Guarujá
Guarujá nossa gleba querida
jardim feito de encanto e de sol.
Pulsa em ti, a beleza da vida entre os vivos clarões do arrebol.
Tuas praias de linda brancura
São recantos de amor e de paz,onde o céu azulado procura,
Repousar em manhãs estivais.
Simbolizam teus fortes em ruínas os civismos que a pátria tu ensinas,
Pois neles há troféus de glória honrando a história
de Guarujá.
És para nós a pérola do atlântico,espelho do Brasil,lindo
e romântico.
Primor de artista;jóia fagueira,à Beira-Mar,
Não há turista que não queira te adorar.
Letra de Aristeu Bulhões
Música de Olavo E. Pinheiro
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Datas Comemorativas
15 de janeiro - Dia de Santo Amaro, padroeiro da cidade, artigo (9º da
Lei Orgânica do município).
- Aniversário da cidade.
13 de maio - Dia da padroeira Nossa Senhora de Fátima
30 de junho - Emancipação político-administrativa
3 de novembro - Inauguração da Vila de Guarujá
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PODER EXECUTIVO
atualizado em 10 de janeiro de 2001
Prefeito
Dr. Maurici Mariano
Vice-Prefeito
Manoel Ramos
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Secretaria Municipal de Governo e Projetos Estratégicos
José Luiz Pedro
58 anos, engenheiro civil, formado pelo Mackenzie, pós-graduação
em Administração e Economia.
Responderá também pela Coordenação dos assuntos
metropolitanos.
Fundador da Empresa de Urbanização de Guarujá(EMURG).
Foi Diretor de Obras, Assessor de Planejamento e também interventor do
Hospital Santo Amaro
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Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos
Antônio de Souza Neto
60 anos, formado em Ciências Jurídicas pela Universidade Católica
de Santos. Foi vereador entre 1969 e 1972, Diretor de educação
e Cultura na primeira gestão do Prefeito Maurici Mariano, subprefeito
de Vicente de Carvalho em 1964, 1970, 1971. Já respondia pelo Departamento
Jurídico desde 1997, que agora , com a nova estrutura administrativa
recebeu o "status"de secretaria.
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Secretaria Municipal de Finanças e Administração
Edson Domingos Prieto Alvarez
Formado em Ciências Contábeis, exercendo atividade na cidade a
mais de 15 anos, sendo esta a terceira vez que responderá pela área
financeira de uma prefeitura.
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Secretaria Municipal de Saúde
Dr. Gerônimo Ferreira Vilhanueva
Médico formado pela Faculdade de Medicina de Campos, Rio de Janeiro.
É funcionário público , elegeu-se vereador em 1992, ex-presidente
da Câmara .
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Secretaria Municipal de Educação e Esportes
Zoel Garcia Siqueira
É formado em História pela Universidade Católica de Santos,
pós-graduado em Ciências Sociais na Fundação e Escola
de Sociologia e Política de São Paulo (FESP) e em Didática
do Ensino Superior na Faculdade Don Domênico. Esta concluindo Mestrado
em Filosofia da Educação na Unisantos, já atuou como assistente
de direção do Departamento de Administração e Chefe
da Divisão Administrativa do Departamento de Educação e
Cultura. É professor das redes municipal e estadual de ensino.
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Secretaria Municipal de Ação Social e Cidadania
Elisabete Maria Gracia da Fonseca
42 anos, Assistente Social pela Universidade Católica de Santos, foi
Diretora por cinco anos do Centro Comunitário João paulo II ,
em Vicente de Carvalho, de 1981 a 1985. A partir de 1986 assumiu a função
de Assistente Social da Secretaria Estadual de Esportes e turismo. Exerceu atividade
no Fórum de Guarujá e Vicente de carvalho, junto a Promotoria
e Vara da Infância e da Juventude. desde 1996 , atua na área da
Saúde, à frente do Centro de testagem, Aconselhamento, Prevenção
e treinamento da Aids (CTAPT).
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Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental
Duino Verri Fernandes
54 anos, casado, Engenheiro Civil pela Escola de Engenharia de lins. Ex-presidente
da Empresa de Urbanização de Guarujá (Emurg), foi diretor
do Departamento de Obras e Serviços Urbanos (DOSU).
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Secretaria Municipal de Turismo e Cultura
Heitor Gonzalez
45 anos, casado, Engenheiro Mecânico pela Faculdade de Engenharia de Mauá,
foi Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarujá(Aceg),
comerciante e também empresário.
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Fonte: www.miranet.com.br/guaruja
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Histórico de Guarujá
Por volta de 1502, uma armada, comandada por André Gonçalves e Américo Vespúcio,ancorou,a 22 de janeiro,na costa ocidental da Ilha de Guaibê(que passou a chamar-se Santo Amaro,depois da construção por José Adorno da Capela dedicada a este Santo em 1544),nas proximidades da Praia de Santa cruz dos Navegantes.Na ilha fronteiriça, fundaram o Porto de São Vicente,mais conhecido como Porto das Naus.A Ilha de Guaibê foi doada em 1527 por Dom João III para Pero Lopes de Souza irmão de Martim Afonso de Souza, donatário da Capitania de São Vicente e a qual a Ilha estava subordinada. Consta que um dos primeiros colonizadores a se instalar na Ilha foi o português Jorge Ferreira, instalando-se no Itapema ( hoje Vicente de Carvalho ) , isto por volta de 1532/3. Jorge Ferreira ainda veio a ser Capitão-Mór, Governador das Capitanias de São Vicente e Santo Amaro de 1556 a 1557 e de 1567 a 1569, casou-se com a filha de João Ramalho com quem teve vários filhos. Consta também que Estevan da Costa, português, por aqui esteve por volta de 1535, desaparecendo anos depois. Durante mais de trezentos anos quase sem ninguém,exceto indígenas e alguns colonos, os pântanos e a topografia afastavam os colonizadores e justificavam seu nome indígena, que significa "ilha em forma de pilão" , para outros autores a palavra indígena gu-ar-y-ya tem o significado de "passagem estreita de um lado para outro" ou também guaruya "viveiro de sapos ou de rãs. Com a construção da Capela de Santo Amaro em 1544, o local passou a ser ocupado,também, pelos jesuitas,encarregados da catequização dos índios. A partir daí,começaram a ser construídas as fortalezas,para a defesa do litoral e conseqüentemente,começaram a chegar os primeiros habitantes. Em função destas condições a Ilha teve poucas atividades econômicas. Havia a extração do óleo de baleia , a pesca e alguns engenhos de cana-de-açúcar(Engenho de Nossa Senhora da Apresentação de Manoel Oliveira Gago, o Engenho Santo Antônio de Manoel Fernandes e o Engenho de Bartolomeu Antunes). Assim foi surgindo um pequeno povoado. Somente em 1893 o povoado de Guarujá ganhou "status" de vila quando o Elias Fausto Pacheco Jordão, engenheiro paulista (formado pela Universidade de Cornell, EUA), ficou deslumbrado com suas paisagens, suas belas praias, não teve dúvidas, ao retornar a São Paulo, e juntamente com Valêncio Augusto Leomil, instalou a Companhia Balneária da Ilha de Santo Amaro, com o objetivo de fundar a "Vila Balneária de Guarujá". Para isso foram encomendados nos Estados Unidos, um hotel, uma igreja, um cassino e 46 chalés residenciais desmontáveis e construídos em Pinho da Geórgia. A vila contava com serviço de água, esgoto e luz elétrica. Inaugurando a Vila balneária de Guarujá, na deserta ilha de Santo Amaro, no dia 3 de setembro de 1893. Para trazer os turistas a Companhia Balneária organizou um sistema misto de transportes marítimo e ferroviário. Foram adquiridas duas barcas, "Cidade de São Paulo e a "Cidade de Santos e como eram suas funções servir a sociedade paulistana , as mesmas partiam do Valongo, junto à estação da São Paulo Railway", em Santos. Depois de uma viagem de 40 minutos, a lancha atracava na costeira ponto de desembarque a noroeste da ilha no antigo Itapema e conduzidos por uma ferrovia numa viagem de 10 minutos até a Vila Balneária. Além da praia oferecia-se longos passeios de jumentos, especialmente trazidos de Cintra em Portugal. Na inauguração estavam presentes inúmeras autoridades e personalidades da sociedade paulista dentre elas, o Presidente do Estado, Dr. Bernardino de Campos, Dr. Cesário Mota, Secretário do Interior e o Bispo Dom Joaquim Arco Verde, também o Ministro do Interior e Deputados Estaduais e as mais diversas autoridades. Nicola Puglisi sucedeu o Eng. Elias Fausto Pacheco Jordão na Presidência da Companhia até 1926, quando Guarujá foi transformada em Prefeitura Sanitária, em 30 de junho de 1926, pelo governador Carlos de Campos, sendo nomeado o Sr. Juventino Malheiros seu primeiro prefeito.
Em janeiro de 1931, o interventor federal em Sâo Paulo, João Alberto
lins Barros, extinguiu a Prefeitura Sanitária, sendo que, Guarujá
foi integrado ao município de Santos, situação que perdurou
até 1934, quando pelo Decreto 1525/34 o Governador Armando Salles de
Oliveira criou a Estância Balneária de Guarujá, em 30 de
junho de 1934, nomeando o Dr. Cyro de Mello Pupo seu prefeito, de 1934 à
1937.
A locomotiva a vapor ( de procedência americana, foi a segunda unidade produzida pela Locomotive Works Philadelphia Baldwin ) que fazia o trajeto entre o Itapema e a Vila Balneária (Guarujá), atualmente pode ser vista em exposição no centro do Guarujá.
A partir de então o crescimento da cidade foi contínuo, em 1923 foi distrito de paz, em 1947 promovido a município ,sendo eleito como primeiro prefeito o Sr. Abílio dos Santos Branco (também fundador do Jornal "A Estância de Guarujá" em 25/09/49) e o Sr. Leoncio de Camargo Filho primeiro presidente da Câmara de Vereadores, e comarca em 1964.
A beleza das praias de Guarujá atraiu o turismo para a região.
A sua orla marítima é uma das mais valorizadas do litoral paulista.
Pertence também ao Guarujá o distrito de Vicente de Carvalho(
Itapema até 1959).
O Município de Guarujá corresponde a uma Ilha com 139 Km2 . A terceira maior ilha do litoral do Estado de São Paulo, próximo à Santos, São Vicente e Bertioga, é um tradicional ponto turístico do Estado, conhecido no mundo como Pérola do Atlântico, com suas belas praias, marinas, ilhotas, fortes, restaurantes, hotéis e mais recentemente o Acqua Mundo, o maior aquário da América Latina. Tem uma população aproximada de 265 mil habitantes, que na alta temporada pode chegar 1,5 milhão de pessoas. O Turismo é a principal fonte de recursos para o desenvolvimento socioeconômico da cidade, onde os visitantes se deixam seduzir pelo clima tropical , exuberante Mata Atlântica , suas 18 praias e um conjunto de serviços que visam promover, organizar, receber e hospedar os visitantes que buscam lazer, recreação e cultura.
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Praias
Guaiúba
Com 250 metros de extensão, durante muito tempo foi o paraíso dos turistas de finais de semana. É considerada uma das mais belas praias do Guarujá, com destaque para a sua rica vegetação.
Praia das Astúrias
Com 1.000m de extensão, tem como principal característica os barcos de pescadores e barracas de venda de pescados. Excelente para banho, possibilita ainda admirar admirar as praias de Pitangueiras e Enseada.
Praia da Enseada
É a mais extensa da cidade possuindo 7km. Logo no seu início destaca-se o Morro da Campina, mais conhecido como Morro do Maluf. A praia é muito freqüentada por banhistas e adeptos de esportes. À noite é o ponto mais procurado turistas devido a restaurantes e bares agitados.
Praia de Pernambuco
Localiza-se após a Praia da Enseada. É bonita e possui uma área de 1.500m de extensão. A praia é muito conhecida pela freqüência de artistas e ponto de parada das embarcações de passeio.
Perequê
Possui 2.200m de extensão. Acolhedora e muito popular é considerada o reduto dos pescadores. É lá que podemos encontrar o autêntico caiçara de nosso litoral. Nessa praia o turista pode ver a puxada de rede e logo após saborear uma variedade de frutos do mar.
Santa Cruz dos Navegantes
(Pouca Farinha)
Até pouco tempo era desconhecida até mesmo dos moradores da cidade. Com a abertura de uma estrada para o bairro, o turista acabou descobrindo um outro ponto turístico de Guarujá. A vila é de população carente, mas o segredo está no baluarte da Baixada Santista, que é a fortaleza da Barra Grande.
Praia do Góes
Com 250m de extensão é formada por uma colônia de pescadores. Trata-se de uma pequena ilha de águas mansas. O acesso é feito por embarcação através da Ponte dos Práticos, em Santos.
Praia do Monduba - Praia de areias finas e brancas e águas em permanente
tom de esmeraldas. Ali, o engenheiro João Monteiro de Barros projetou
o Forte dos Andradas. É somente permitido visitação de
turistas para a realização de passeio ecológico.
Praia do Tombo - Com 856m de extensão seu nome deriva de sua conformação geológica. Possui mar bravo e provoca tombos inesperados. É ótima para a prática de surf.
Praia de Pitangueiras - Com 1.800m de extensão é a praia central de Guarujá, onde deu-se o desenvolvimento inicial da ilha. É o local de maior concentração de turistas, em razão do seu comércio. Anteriormente (década de 20 a 40), lá existia um hotel, um cassino, quiosques, piscinas. Foi nesse mesmo hotel que Santos Dumont, suicidou-se. É em Pitangueiras que podemos encontrar o único documento vivo da nossa história: a Maria Fumaça, que no início do século fazia o trajeto Guarujá-Vicente de Carvalho.
Praia do Éden ou Sorocotuba - Possui 100m de extensão. Ainda sem grande afluência de banhistas, fica depois do Morro do Sorocotuba, entre a Enseada e Pernambuco. O acesso ao morro pode ser feito de carro, mas é necessário descer uma trilha para chegar à praia.
Praia do Mar Casado - Recebeu este nome porque quando a maré enche acontece a junção da praia, originando o que chamamos de mar casado. Trata-se de uma praia criada pela formação de baía. Possui 400 metros de extensão e possui uma beleza inigualável. A presença de banhistas não é muito frequente, pois a maré alta encobre o acesso à ilha, que só é possível na maré baixa.
Volta
Avenida Miguel Stéfno, 2001 - Enseada - Guarujá
(13) 33518793 / 33518867
História
Guarujá era habitado por índios desde dois mil anos antes de Cristo,
conforme atestam estudos do historiador Paulo Duarte que, na década 50,
pesquisou os sambaquis do Mar-Casado, na praia de Pernambuco e do
Buracão, no canal de Bertioga.
Os nativos alimentavam-se basicamente de ostras e frutos do mar e chamavam a
ilha, na época do descobrimento, de Guahibê, ou Ilha
do Sol.
A primeira notícia documental que se tem da ilha é de 1502,
quando a Armada de André Gonçalves e Américo Vespúcio,
a 22 de janeiro daquele ano, ancorou junto à sua costa ocidental (atualmente
co-nhecida como praia da Pouca Farinha) fundando ao mesmo tempo
o porto de São Vicente.
Assim, na primeira descrição de 1527, assinalava-se aquilo que
seria o Porto das Naus, da futura Capitania de São Vicente, junto à
costa remansosa da ilha de Guaibê e na segunda assinalava a Praia do Góis
(a praia da Ilha do Sol) hoje parte do município de Guarujá, onde
primeiro fundeou Martim Afonso.
Estevam da Costa, vindo em 1535, como reza aquela escri-tura é , assim,
o primeiro povoador e agricultor português documentado da ilha de Guaibê
ou Santo Amaro, embora o nobre Jorge Ferreira o precedesse de dois ou três
anos, fixando-se no Itapema (atualmente Vicente de Carvalho) sem escritura ou
Carta de Sesmaria , ali se instalando com plantações e criações.
São esses homens, portanto, os fundadores da colonização
portuguêsa da ilha de Santo Amaro, podendo qualquer deles ser apontado
como primeiro povoador Jorge Ferreira sem documentação
conhecida, em 1532/33 e Estevam da Costa, em 1535/36, podendo-se afirmar, consequentemente,
que a vida social e agrícola da Ilha do Sol teve início entre
os anos de 1532 e 1536.
Estevam da Costa desapareceria do cenário vicentino ao fim de alguns
anos. Jorge Ferreira permaneceria: seria Capitão-Mór, Governador
das Capitanias de São Vicente e Santo Amaro de 1556 a 1557 pela primeira
vez e de 1567 a 1569 , pela segunda, deixando vasta prole de seu casamento com
uma filha de João Ramalho.
Em 1699, ao fim da primeira grande indústria que fora a dos engenhos
de açúcar, teria início em Santo Amaro uma indústria
também categorizada, a do óleo de baleia, instalada no extremo
norte insular
No século XIX a ilha de Santo Amaro virou entreposto de escravos e, mesmo
depois da proibição do tráfico, navios negreiros atracavam
furtivamente na praia da Enseada, que até hoje conserva alguns dos barracões
usados para abrigar os africanos. A praia do Tombo era usada para descartar
escravos velhos ou doentes.
A praia e sítio do Perequê em meados do século XIX era talvez
a maior e mais famosa propriedade agrícola de toda ilha, com enorme frente
e fundos até o rio da Bertioga. Pertencia então a Valencio Augusto
Teixeira Leomil, que, entre outros negócios, dedicava-se ao tráfico
de escravos, chegando a ser processado, condenado e a fugir do Brasil por alguns
anos para a prescrição da sentença. Esse Valencio Teixeira
Leomil ficaria ligado à história do Guarujá moderno pelo
seu tino comercial, pois pediria à Câmara de Santos, em 1890, a
concessão por 70 anos para instalar uma linha de trens de ferro do estuário
de Santos até o Guarujá e à praia do Perequê, sua
antiga propriedade. Obtida a concessão, poucos meses depois já
a venderia à Companhia Balneária da Ilha de Santo Amaro, da qual
seria Diretor Fiscal nos próximos tempos e aí, já em nome
desta Companhia, obteria ele duas grandes áreas de marinha, no estuário
de Santos (entre os rios do meio e Santo Amaro) e, ao
fim da Praia do Guarujá, para utilização e instalações
da nova empresa.
Dai se daria a aproximação com os fundadores da futura cidade
de Guarujá, o Dr. Elias Chaves e seu primo, Dr. Elias Fausto Pacheco
Jordão, que entre 1890 e 1892 era sócio-gerente da Companhia Prado
Chaves, uma das maiores firmas de exportação de café na
cidade de Santos, pertencente a Elias Chaves, que foi quem pediu a ele que planejasse
a construção da cidade balneária. Elias Chaves, após
contratar com Valêncio Teixeira Leomil a compra de sua concessão
para estabelecimento de uma estrada de ferro na ilha de Santo Amaro, fundou
a Companhia Balneária, na mesma ilha, tornando Elias Fausto seu presidente
e dando a Valêncio a posição de Diretor Fiscal, organizando
em seguida os planos maiores para instalação da Vila Balneária
do Guarujá, sobre traçado de sua autoria.
A encomenda feita por Elias Fausto nos Estados Unidos (alguns afirmam ter sido
no Canadá) consistia numa cidade completa, do melhor pinho da Geórgia
(equivalente ao pinho de Riga), um hotel com 50 quartos e mais várias
salas, como a de refeições, bar, leitura (living e sala de estar);
e ainda uma igreja, um cassino e mais 46 casas de residência, ou grandes
chalés americanos, tudo desmontável e de grande qualidade (os
chalés, em boa parte, existiam até a década de 60 em excelente
estado de conservação e habitabilidade).
Enquanto não chegava dos Estados Unidos a vultosa encomenda, tratou o
Dr. Elias Fausto de providenciar a construção de uma pequena estrada
de ferro, que a princípio ia até a chamada Balneária, junto
ao rio do meio, no estuário de Santos (hoje Ferry-Boat e princípio
da avenida Adhemar de Barros) e mais tarde até o Itapema, à nova
estação dos trens e das barcas ali construída. Para maior
conforto dos passageiros e visitantes, ele mandou vir também duas amplas
barcas a que deu os nomes de Cidade de Santos e Cidade de
São Paulo, que inicialmente partiriam do Valongo, junto à
Estação de Estrada de Ferro (Santos-Jundiaí) e aportariam
ao portão da Balneária.
A estação de chegada da pequena linha férrea permaneceu
durante mais de trinta anos junto à antiga Praia de Laranjeiras (ou Pitangueiras)
quase em frente ao Hotel, passando depois para a rua Mario Ribeiro.
A inauguração desse hotel e da cidade de Guarujá verificou-se
no dia 2 de setembro de 1893, com grande solenidade, vindo de São Paulo
para esse fim o Presidente do Estado, Dr. Bernardino de Campos e seu ajudante
de ordens, Luiz Alves da Gama Bastos, o secretário do interior, Dr. Cesario
Mota Jr, o Bispo Dom Joaquim Arcoverde, Elias Chaves, seu primo Dr. Elias Fausto,
presidente da Companhia e o Dr. Vicente de Carvalho (que havia sido pouco antes
Secretário do Interior). A chegada dos visitantes e convidados verificou-se
às 11 horas e trinta e cinco (da manhã) entre a alegria, as saudações
e os foguetes dos representantes locais e muitos populares, principalmente pescadores
de todas as praias vizinhas.
Para a montagem e direção inicial do hotel viera da Argentina
Monsieur DHuíque, o qual, com a competência e a prática
que lhe apregoavam , organizou todos os serviços satisfazendo de fato
e encantando toda a aristocrática frequência do então denominado
Grande Hotel de La Plage, com o conforto de uma grande hospedagem.
Pouco tempo, entretanto, durou o belo hotel de madeira. Violento incêndio
o devorou certo dia e novo hotel de tijolos, pedra e cal foi levantado em seu
lugar, o qual teria por gerente em seus primeiros tempos o ilustrado Dr. Eulálio
da Costa Carvalho, homem de cultura, energia e tino administrativo, que nele
se instalou com suas filhas, fazendo-o progredir e criar fama.
Vários gerentes de alto nível teve o estabelecimento hoteleiro,
que era como que a alma da pequena cidade balneária e por vezes com função
diretiva também na Companhia, principalmente após a morte do velho
Valencio Teixeira Leomil, ocorrida em 1900, aos 82 anos de idade. Como João
Constantino Janacópulos, o celebrizado cidadão greco-brasileiro.
Entretanto, os mais famosos chefes do Grande Hotel foram sem dúvida Daniel
Souquiéres, fundador da célebre Rotisseria Sportman,
em Santos e Vicente Rossatti, arrendatário do célebre Trianon,
na avenida Paulista e do Bar Municipal, ambos em São Paulo, figura co-nhecidíssima
e popular, Mestre de hotelaria e grande organizador de banquetes festivos e
oficiais.
O Hotel, diga-se de passagem, era o grande animador do Guarujá, hospedando
grandes figuras nacionais e internacionais, no comércio, na indústria,
na política, nas finanças e animando o cassino de jogo, que era
a usina financeira de toda a empresa e se apresentava então magnífico,
cheio de lustres de cristal, vitrôs e dourados, estofados de couro da
Rússia e tapetes da Pérsia. E dessa altura, em que o Guarujá
esplendia em belezas naturais, o afreguezamento e a presença constante
de notáveis figuras da indústria paulista como o Conde Francisco
Matarazzo e depois seu filho, Conde Chiquinho, o Cavaleiro Ugliengo, o Dr. Ricardo
Severo, o comendador Nicola Puglisi, o Conde Crespi e tantos mais, que deram
maior progresso ao Guarujá, chegando alguns, como o Comendador Puglisi,
à direção da Companhia Guarujá e à construção
dos primeiros palácios residenciais da estância.
As melhores famílias de Santos e São Paulo, entre 1920 e 1930,
ocupavam a maioria dos chalés americanos e adquiriram terrenos no loteamento
inicial e em outros que foram surgindo no corpo central da nova cidade, que
já possuia um cinema, um pequeno parque zoológico no velho bosque
junto ao morro, muitas charretes pelas praias e dois importantes recreios, o
das pedras, onde está hoje o edifício Sobre as Ondas, e o das
Astúrias, altos, pitorescos e famosos por suas peixadas.
Não são de esquecer, como figuras conhecidíssimas e progressistas
do Guarujá dessa época intermediária, o velho José
Maria Gonzalez (o Zé Maria) que funcionando em vários setores
da Companhia, mas principalmente no Cassino e na movimentação
da grande roleta, fora também o iniciador das construções
no outro lado da vila, além da linha de ferro, onde mantinha um bar e
mercearia e algumas casas, sendo uma aquela em que residia com sua numerosa
família. Até o campo de futebol, movimentado pelos filhos (Guarujá
Futebol Clube) parecia ser obra sua; o velho Souza, português, residente
nas bases do Tegereba, estabelecido com bar e mercearia, senhor de algumas outras
propriedades no local que tinha seu nome (Vila Souza) ; o coronel Maia Filho,
conferente da Alfândega de Santos, dono de uma granja de leite (a Leiteria
Modelo) , em verdadeiro sítio comprado aos herdeiros da família
Chaves; o velho Fairchild, americano de Santos que passa por ter sido o primeiro
morador da nova vila; Juventino Malheiros, que mais tarde seria o primeiro prefeito
da Estância e mais alguns vultos representativos da primeira e da segunda
épocas da Vila de 1893.
A nova fase, definitiva, do Guarujá é recente e teve início
com as primeiras graduações recebidas após sua elevação
a Distrito de Paz, por lei de primeiro de março de 1923, abrangendo todo
o território da ilha e, principalmente, com sua desagregação
do município de Santos até constituir-se em cidade e município.
Em 30 de junho de 1926, a lei 21.84 assinada pelo Dr. Carlos de Campos, transformava
o Guarujá em Prefeitura Sanitária, sendo seu primeiro prefeito
Juventino Malheiros, que ali residia desde muitos anos, sucedido por outros
ao correr dos anos. Em 1931, o coronel João Alberto Lins de Barros, interventor
federal em São Paulo, aboliu a categoria pelo decreto número 4.844,
de 21 de janeiro, integrando Guarujá novamente a Santos, até que
três anos e meio depois, em meados de 1934, o Governador Armando Salles
de Oliveira, pelo decreto 1.525 de 30 de junho de 1934, criou a Estância
Balneária de Guarujá, nomeando como seu prefeito o Dr. Ciro de
Mello Pupo. Vários prefeitos sanitários teve então o Guarujá,
como o Dr. Artur Costa, o Dr. José Costa e Silva Sobrinho, o Dr. Alvaro
Parente e outros, até 1947, quando a lei orgânica dos municípios,
promulgada em 18 de setembro, passou Guarujá de prefeitura sanitária
a município, sendo seu primeiro governo municipal eleito para o período
de 1948 a 1951.
Estava chegada então a fase áurea do Guarujá, cuja alavanca
principal seria, de fato, embora pouco percebida, a construção
da Via Anchieta, que se completaria com a Via Anhanguera na li-gação
e na aproximação de todo o interland paulista ao litoral
do Estado
A abertura da estrada de rodagem Guarujá- Bertioga, dobrando à
esquerda na velha fazendinha do Perequê, de tanta tradição
na ilha, junto ao velho solar e à antiquíssima Capela dos Escravos
(modernamente da cantora Bidú Sayão, viúva de Walter Mocchi)
atingindo o rio Bertioga e seguindo pela costa de dentro, através dos
sítios de projeção no passado (Cachoeira, Ribeira, Jabaquara,
Cortume, Ponte Grossa, São Pedro, Buracão, Pedrinha, J. Ferreira,
Ponta Grossa, Laranjeiras e outros) até frontear a velha Bertioga, onde
desde então passou a funcionar a balsa de travessia (ou Ferry-Boat) assim
como a abertura de estradas melhores em todos os sentidos e direções,
favoreceu a expansão turística e o aproveitamento total da Estância
pela articulação num só corpo de todos os pontos magníficos,
principalmente Iporanga de um lado, e praia do Bueno, Monduba e Guaiúba
do outro.
Coincidiam os últimos fatos históricos de Guarujá com grande
expansão litorânea do Estado, que atingiria Caraguatatuba, São
Sebastião, Ilha Bela e Ubatuba, criando a necessidade de proteção
aos pescadores, assustados pelo progresso e prejudicados por ele, afugentados
de seus antigos lugares, vencidos pela va-lorização extrema e
imprevista de suas terras, pelas técnicas mo-dernas de pesca e pelas
grandes organizações pesqueiras, em sua maior parte.
Trechos da publicação Pequena História do Guarujá,
do Prof. Francisco Martim dos Santos.
Domingos de Souza, filho do comerciante estabelecido nas bases do morro Tegereba,
proprietário das terras conhecidas como Vila Souza (hoje,
sede do clube de mesmo nome) foi prefeito do Guarujá por duas vezes.
Em sua administração foi iniciado o loteamento da praia de Pernambuco,
por Jorge da Silva Prado, além de muitas outras obras realizadas em parceria
com o Padre Domênico Rangoni, um dos maiores benfeitores da ilha de Santo
Amaro.
Durante a administração do prefeito Rafael Vitiello centenas de
projetos foram aprovados, sem que houvesse infra-estrutura de fornecimento de
luz, água, coleta de esgotos ou circulação de veículos
para atender as novas construções e seus futuros habitantes.
As dezenas de milhares de pedreiros e outros trabalhadores que vieram durante
o boom de construção imobiliária subsequente,
acabaram por se instalar em favelas, as quais são hoje o maior problema
do Guarujá, junto com o desemprego agravado pela baixa frequência
de turistas fora da temporada de verão.
Após a inauguração da rodovia Piaçaguera Guarujá,
o balneário foi invadido por ônibus de turistas e milhares de carros,
o que ocasionou verdadeiro caos no Guarujá. Nos anos 70, o prefeito Jaime
Daige convidou o escritório de urbanismo do arquiteto Jaime Lerner para
reurbanizar a ilha. Em seu projeto, Jaime Lerner conseguiu restringir o acesso
de ônibus de excursão à praia de Perequê; reduziu
o tráfego de carros na praia de Pitangueiras (apenas os proprietários
de apartamentos podiam circular na rua da praia) e implantou um largo calçadão
feito de toras de madeira, que permitiu aumentar o fluxo de pedestres na avenida
beira-mar.
Infelizmente, a câmara dos vereadores de Guarujá aprovou novos
empreendimentos que desfiguraram morros como o das Galhetas, na ponta dos Astúrias
e o do Maluf, na ponta de Pitangueiras; permitiu a implantação
dos condomínios de Tortugas e Sorocotuba, aumentando a emissão
de poluentes e congestionando cada vez mais o balneário.
A gestão de Ruy Gonzalez cuidou de arrasar o que havia sobrado do Guarujá
em uma administração que entrou para a história como a
pior de todas, deixando para seu sucessor enormes dívidas. Até
o prédio da prefeitura foi entregue sem luz e telefone (cujo fornecimento
fora cortado por falta de pagamento).
O prefeito atual, reeleito por mais 4 anos, tem feito um excelente trabalho
de recuperação da Estância e todos esperamos que Guarujá
volte aos bons tempos de outrora, quando era chamado, com muita propriedade
de A Pérola do Atlântico.