Logo que o Brasil foi descoberto, ficou praticamente abandonado, pois o interesse maior de Portugal eram as Índias, e também descobrir o maior número de colônias possíveis para ganhar a "CORRIDA MARÍTIMA" com a Espanha, porque as duas eram grandes potências da época. Abandonado, o Brasil ficou sem nenhuma proteção dando margem para os corsários ingleses e franceses que segundo alguns, já conheciam o território brasileiro por causa do pau-brasil.
Quando o rei de Portugal certificou-se deste fato, mandou expedições para guardar a costa brasileira, mas, como não obteve êxito, enviou uma expedição colonizadora e é nesse momento, que começa a história de Guarujá, ou melhor, Ilha de Santo Amaro, no século XVI, por volta de 1.502. Nesse ano, uma armada, comandada por André Gonçalves e Américo Vespúcio, ancorou, a 22 de janeiro daquele ano, na costa ocidental da Ilha de Guaibê (mais tarde denominada Santo Amaro), nas proximidades da Praia de Santa Cruz de Navegantes. Na ilha fronteiriça fundaram o Porto de São Vicente (Porto das Naus).

A Ilha de Santo Amaro (primitivamente denominada Guaíbe ou Guaibê) foi doada a Pero Lopes de Souza em 1.534 pelo rei de Portugal, D.João III, para que fosse colonizada e cuidada. Como oferecia poucas condições de fixação ao homem, em virtude de seu relevo montanhoso e de difícil acesso, ficou abandonada, habitada apenas por indígenas e alguns colonos.

O nome da Ilha - SANTO AMARO - teve origem no nome da capitania que também abrangia toda a extensão da ilha e terras vizinhas, limitadas pela Capitania de São Vicente. Alguns afirmam que a ilha só passou a ser chamada efetivamente "Ilha de Santo Amaro" a partir da construção da Capela de Santo Amaro, localizada pouco atrás da Fortaleza da Barra Grande, construção essa realizada por José Adorno em 1.540..

Até meados do século XVIII, a Ilha de Santo Amaro era habitada, pois, os selvagens eram aliados dos piratas franceses , o que tornou difícil a colonização por parte dos colonos portugueses, sendo que, somente a partir da metade do século XIX, deu-se o seu desenvolvimento.

Em 1.892, a Companhia Prado Chaves instalou a Companhia Balneária da Ilha de Santo Amaro, com o objetivo de fundar a Vila Balneária de Guarujá. Para isso foram encomendados dos Estados Unidos 0l hotel, 0l igreja, 0l cassino e 46 residências, desmontáveis e construídos em pinho da Geórgia. Uma estrada de ferro passou a ligar o Estuário de Santos à nova Vila. Duas barcas possibilitavam o transporte de passageiros da estação da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (em Santos) ao atracadouro do Balneário, em Itapema.

A Vila foi inaugurada em 2 de setembro de 1.893, pelo Dr. Elias Fausto Pacheco Jordão, tendo comparecido a esse evento inúmeras autoridades e personalidades da sociedade paulista, entre elas o Governador do Estado, Bernardino de Campos. Até o ano de 1.926,a Companhia Prado Chaves teve domínio sobre a cidade, passando depois à Prefeitura Sanitária, sendo nomeado o Sr. Juventino Malheros seu primeiro prefeito.

Em 1.931, Guarujá foi integrado ao Município de Santos, situação que perdurou até 1.934. Pelo Decreto 1.525, de 30 de junho de 1.934, o Governador Armando Salles de Oliveira criou a Estância Balneária de Guarujá, nomeando o Dr. Cyro de Mello Pupo, seu prefeito.

Até 1.947, Guarujá foi administrada por prefeitos nomeados quando, pela Lei Orgânica dos Municípios, promulgada em 18 de setembro de 1.947, passou a Município, ocorrendo, então, a primeira eleição para o período de 1.948 a 1.951, sendo eleito o Sr. Abílio dos Santos Branco para o cargo de prefeito.

Em 1.953, a antiga Vila Itapema passou a Distrito, recebendo o nome de "Vicente de Carvalho", em homenagem ao poeta santista. Conhecida internacionalmente por suas belezas naturais, pelas praias e paisagens sofisticadas, Guarujá atrai milhares de turistas e, dia a dia, confirma seu codnome, "A Pérola do Atlântico".

 

 

 

 

 


www.guaruja.sp.gov.br

Hino de Guarujá

Guarujá nossa gleba querida
jardim feito de encanto e de sol.
Pulsa em ti, a beleza da vida entre os vivos clarões do arrebol.
Tuas praias de linda brancura
São recantos de amor e de paz,onde o céu azulado procura,
Repousar em manhãs estivais.
Simbolizam teus fortes em ruínas os civismos que a pátria tu ensinas,
Pois neles há troféus de glória honrando a história de Guarujá.
És para nós a pérola do atlântico,espelho do Brasil,lindo e romântico.
Primor de artista;jóia fagueira,à Beira-Mar,
Não há turista que não queira te adorar.

Letra de Aristeu Bulhões
Música de Olavo E. Pinheiro


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Datas Comemorativas

15 de janeiro - Dia de Santo Amaro, padroeiro da cidade, artigo (9º da Lei Orgânica do município).
- Aniversário da cidade.

13 de maio - Dia da padroeira Nossa Senhora de Fátima

30 de junho - Emancipação político-administrativa

3 de novembro - Inauguração da Vila de Guarujá


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PODER EXECUTIVO
atualizado em 10 de janeiro de 2001
Prefeito
Dr. Maurici Mariano

Vice-Prefeito
Manoel Ramos


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Secretaria Municipal de Governo e Projetos Estratégicos
José Luiz Pedro
58 anos, engenheiro civil, formado pelo Mackenzie, pós-graduação em Administração e Economia.
Responderá também pela Coordenação dos assuntos metropolitanos.
Fundador da Empresa de Urbanização de Guarujá(EMURG).
Foi Diretor de Obras, Assessor de Planejamento e também interventor do Hospital Santo Amaro


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Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos
Antônio de Souza Neto
60 anos, formado em Ciências Jurídicas pela Universidade Católica de Santos. Foi vereador entre 1969 e 1972, Diretor de educação e Cultura na primeira gestão do Prefeito Maurici Mariano, subprefeito de Vicente de Carvalho em 1964, 1970, 1971. Já respondia pelo Departamento Jurídico desde 1997, que agora , com a nova estrutura administrativa recebeu o "status"de secretaria.


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Secretaria Municipal de Finanças e Administração
Edson Domingos Prieto Alvarez
Formado em Ciências Contábeis, exercendo atividade na cidade a mais de 15 anos, sendo esta a terceira vez que responderá pela área financeira de uma prefeitura.


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Secretaria Municipal de Saúde
Dr. Gerônimo Ferreira Vilhanueva
Médico formado pela Faculdade de Medicina de Campos, Rio de Janeiro. É funcionário público , elegeu-se vereador em 1992, ex-presidente da Câmara .


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Secretaria Municipal de Educação e Esportes
Zoel Garcia Siqueira
É formado em História pela Universidade Católica de Santos, pós-graduado em Ciências Sociais na Fundação e Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP) e em Didática do Ensino Superior na Faculdade Don Domênico. Esta concluindo Mestrado em Filosofia da Educação na Unisantos, já atuou como assistente de direção do Departamento de Administração e Chefe da Divisão Administrativa do Departamento de Educação e Cultura. É professor das redes municipal e estadual de ensino.


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Secretaria Municipal de Ação Social e Cidadania
Elisabete Maria Gracia da Fonseca
42 anos, Assistente Social pela Universidade Católica de Santos, foi Diretora por cinco anos do Centro Comunitário João paulo II , em Vicente de Carvalho, de 1981 a 1985. A partir de 1986 assumiu a função de Assistente Social da Secretaria Estadual de Esportes e turismo. Exerceu atividade no Fórum de Guarujá e Vicente de carvalho, junto a Promotoria e Vara da Infância e da Juventude. desde 1996 , atua na área da Saúde, à frente do Centro de testagem, Aconselhamento, Prevenção e treinamento da Aids (CTAPT).


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Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental
Duino Verri Fernandes
54 anos, casado, Engenheiro Civil pela Escola de Engenharia de lins. Ex-presidente da Empresa de Urbanização de Guarujá (Emurg), foi diretor do Departamento de Obras e Serviços Urbanos (DOSU).


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Secretaria Municipal de Turismo e Cultura
Heitor Gonzalez
45 anos, casado, Engenheiro Mecânico pela Faculdade de Engenharia de Mauá, foi Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarujá(Aceg), comerciante e também empresário.


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Fonte: www.miranet.com.br/guaruja


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Histórico de Guarujá

Por volta de 1502, uma armada, comandada por André Gonçalves e Américo Vespúcio,ancorou,a 22 de janeiro,na costa ocidental da Ilha de Guaibê(que passou a chamar-se Santo Amaro,depois da construção por José Adorno da Capela dedicada a este Santo em 1544),nas proximidades da Praia de Santa cruz dos Navegantes.Na ilha fronteiriça, fundaram o Porto de São Vicente,mais conhecido como Porto das Naus.A Ilha de Guaibê foi doada em 1527 por Dom João III para Pero Lopes de Souza irmão de Martim Afonso de Souza, donatário da Capitania de São Vicente e a qual a Ilha estava subordinada. Consta que um dos primeiros colonizadores a se instalar na Ilha foi o português Jorge Ferreira, instalando-se no Itapema ( hoje Vicente de Carvalho ) , isto por volta de 1532/3. Jorge Ferreira ainda veio a ser Capitão-Mór, Governador das Capitanias de São Vicente e Santo Amaro de 1556 a 1557 e de 1567 a 1569, casou-se com a filha de João Ramalho com quem teve vários filhos. Consta também que Estevan da Costa, português, por aqui esteve por volta de 1535, desaparecendo anos depois. Durante mais de trezentos anos quase sem ninguém,exceto indígenas e alguns colonos, os pântanos e a topografia afastavam os colonizadores e justificavam seu nome indígena, que significa "ilha em forma de pilão" , para outros autores a palavra indígena gu-ar-y-ya tem o significado de "passagem estreita de um lado para outro" ou também guaruya "viveiro de sapos ou de rãs. Com a construção da Capela de Santo Amaro em 1544, o local passou a ser ocupado,também, pelos jesuitas,encarregados da catequização dos índios. A partir daí,começaram a ser construídas as fortalezas,para a defesa do litoral e conseqüentemente,começaram a chegar os primeiros habitantes. Em função destas condições a Ilha teve poucas atividades econômicas. Havia a extração do óleo de baleia , a pesca e alguns engenhos de cana-de-açúcar(Engenho de Nossa Senhora da Apresentação de Manoel Oliveira Gago, o Engenho Santo Antônio de Manoel Fernandes e o Engenho de Bartolomeu Antunes). Assim foi surgindo um pequeno povoado. Somente em 1893 o povoado de Guarujá ganhou "status" de vila quando o Elias Fausto Pacheco Jordão, engenheiro paulista (formado pela Universidade de Cornell, EUA), ficou deslumbrado com suas paisagens, suas belas praias, não teve dúvidas, ao retornar a São Paulo, e juntamente com Valêncio Augusto Leomil, instalou a Companhia Balneária da Ilha de Santo Amaro, com o objetivo de fundar a "Vila Balneária de Guarujá". Para isso foram encomendados nos Estados Unidos, um hotel, uma igreja, um cassino e 46 chalés residenciais desmontáveis e construídos em Pinho da Geórgia. A vila contava com serviço de água, esgoto e luz elétrica. Inaugurando a Vila balneária de Guarujá, na deserta ilha de Santo Amaro, no dia 3 de setembro de 1893. Para trazer os turistas a Companhia Balneária organizou um sistema misto de transportes marítimo e ferroviário. Foram adquiridas duas barcas, "Cidade de São Paulo e a "Cidade de Santos e como eram suas funções servir a sociedade paulistana , as mesmas partiam do Valongo, junto à estação da São Paulo Railway", em Santos. Depois de uma viagem de 40 minutos, a lancha atracava na costeira ponto de desembarque a noroeste da ilha no antigo Itapema e conduzidos por uma ferrovia numa viagem de 10 minutos até a Vila Balneária. Além da praia oferecia-se longos passeios de jumentos, especialmente trazidos de Cintra em Portugal. Na inauguração estavam presentes inúmeras autoridades e personalidades da sociedade paulista dentre elas, o Presidente do Estado, Dr. Bernardino de Campos, Dr. Cesário Mota, Secretário do Interior e o Bispo Dom Joaquim Arco Verde, também o Ministro do Interior e Deputados Estaduais e as mais diversas autoridades. Nicola Puglisi sucedeu o Eng. Elias Fausto Pacheco Jordão na Presidência da Companhia até 1926, quando Guarujá foi transformada em Prefeitura Sanitária, em 30 de junho de 1926, pelo governador Carlos de Campos, sendo nomeado o Sr. Juventino Malheiros seu primeiro prefeito.


Em janeiro de 1931, o interventor federal em Sâo Paulo, João Alberto lins Barros, extinguiu a Prefeitura Sanitária, sendo que, Guarujá foi integrado ao município de Santos, situação que perdurou até 1934, quando pelo Decreto 1525/34 o Governador Armando Salles de Oliveira criou a Estância Balneária de Guarujá, em 30 de junho de 1934, nomeando o Dr. Cyro de Mello Pupo seu prefeito, de 1934 à 1937.

A locomotiva a vapor ( de procedência americana, foi a segunda unidade produzida pela Locomotive Works Philadelphia Baldwin ) que fazia o trajeto entre o Itapema e a Vila Balneária (Guarujá), atualmente pode ser vista em exposição no centro do Guarujá.

A partir de então o crescimento da cidade foi contínuo, em 1923 foi distrito de paz, em 1947 promovido a município ,sendo eleito como primeiro prefeito o Sr. Abílio dos Santos Branco (também fundador do Jornal "A Estância de Guarujá" em 25/09/49) e o Sr. Leoncio de Camargo Filho primeiro presidente da Câmara de Vereadores, e comarca em 1964.

A beleza das praias de Guarujá atraiu o turismo para a região. A sua orla marítima é uma das mais valorizadas do litoral paulista.
Pertence também ao Guarujá o distrito de Vicente de Carvalho( Itapema até 1959).

O Município de Guarujá corresponde a uma Ilha com 139 Km2 . A terceira maior ilha do litoral do Estado de São Paulo, próximo à Santos, São Vicente e Bertioga, é um tradicional ponto turístico do Estado, conhecido no mundo como Pérola do Atlântico, com suas belas praias, marinas, ilhotas, fortes, restaurantes, hotéis e mais recentemente o Acqua Mundo, o maior aquário da América Latina. Tem uma população aproximada de 265 mil habitantes, que na alta temporada pode chegar 1,5 milhão de pessoas. O Turismo é a principal fonte de recursos para o desenvolvimento socioeconômico da cidade, onde os visitantes se deixam seduzir pelo clima tropical , exuberante Mata Atlântica , suas 18 praias e um conjunto de serviços que visam promover, organizar, receber e hospedar os visitantes que buscam lazer, recreação e cultura.


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Praias


Guaiúba

Com 250 metros de extensão, durante muito tempo foi o paraíso dos turistas de finais de semana. É considerada uma das mais belas praias do Guarujá, com destaque para a sua rica vegetação.



Praia das Astúrias

Com 1.000m de extensão, tem como principal característica os barcos de pescadores e barracas de venda de pescados. Excelente para banho, possibilita ainda admirar admirar as praias de Pitangueiras e Enseada.



Praia da Enseada

É a mais extensa da cidade possuindo 7km. Logo no seu início destaca-se o Morro da Campina, mais conhecido como Morro do Maluf. A praia é muito freqüentada por banhistas e adeptos de esportes. À noite é o ponto mais procurado turistas devido a restaurantes e bares agitados.



Praia de Pernambuco

Localiza-se após a Praia da Enseada. É bonita e possui uma área de 1.500m de extensão. A praia é muito conhecida pela freqüência de artistas e ponto de parada das embarcações de passeio.



Perequê

Possui 2.200m de extensão. Acolhedora e muito popular é considerada o reduto dos pescadores. É lá que podemos encontrar o autêntico caiçara de nosso litoral. Nessa praia o turista pode ver a puxada de rede e logo após saborear uma variedade de frutos do mar.



Santa Cruz dos Navegantes
(Pouca Farinha)

Até pouco tempo era desconhecida até mesmo dos moradores da cidade. Com a abertura de uma estrada para o bairro, o turista acabou descobrindo um outro ponto turístico de Guarujá. A vila é de população carente, mas o segredo está no baluarte da Baixada Santista, que é a fortaleza da Barra Grande.



Praia do Góes

Com 250m de extensão é formada por uma colônia de pescadores. Trata-se de uma pequena ilha de águas mansas. O acesso é feito por embarcação através da Ponte dos Práticos, em Santos.



Praia do Monduba - Praia de areias finas e brancas e águas em permanente tom de esmeraldas. Ali, o engenheiro João Monteiro de Barros projetou o Forte dos Andradas. É somente permitido visitação de turistas para a realização de passeio ecológico.

Praia do Tombo - Com 856m de extensão seu nome deriva de sua conformação geológica. Possui mar bravo e provoca tombos inesperados. É ótima para a prática de surf.

Praia de Pitangueiras - Com 1.800m de extensão é a praia central de Guarujá, onde deu-se o desenvolvimento inicial da ilha. É o local de maior concentração de turistas, em razão do seu comércio. Anteriormente (década de 20 a 40), lá existia um hotel, um cassino, quiosques, piscinas. Foi nesse mesmo hotel que Santos Dumont, suicidou-se. É em Pitangueiras que podemos encontrar o único documento vivo da nossa história: a Maria Fumaça, que no início do século fazia o trajeto Guarujá-Vicente de Carvalho.

Praia do Éden ou Sorocotuba - Possui 100m de extensão. Ainda sem grande afluência de banhistas, fica depois do Morro do Sorocotuba, entre a Enseada e Pernambuco. O acesso ao morro pode ser feito de carro, mas é necessário descer uma trilha para chegar à praia.

Praia do Mar Casado - Recebeu este nome porque quando a maré enche acontece a junção da praia, originando o que chamamos de mar casado. Trata-se de uma praia criada pela formação de baía. Possui 400 metros de extensão e possui uma beleza inigualável. A presença de banhistas não é muito frequente, pois a maré alta encobre o acesso à ilha, que só é possível na maré baixa.


Volta

Avenida Miguel Stéfno, 2001 - Enseada - Guarujá
(13) 33518793 / 33518867

 

 

 

 

 

 

História


Guarujá era habitado por índios desde dois mil anos antes de Cristo, conforme atestam estudos do historiador Paulo Duarte que, na década 50, pesquisou os sambaquis do “Mar-Casado”, na praia de Pernambuco e do “Buracão”, no canal de Bertioga.
Os nativos alimentavam-se basicamente de ostras e frutos do mar e chamavam a ilha, na época do descobrimento, de “Guahibê”, ou “Ilha do Sol”.
“A primeira notícia documental que se tem da ilha é de 1502, quando a Armada de André Gonçalves e Américo Vespúcio, a 22 de janeiro daquele ano, ancorou junto à sua costa ocidental (atualmente co-nhecida como “praia da Pouca Farinha”) fundando ao mesmo tempo o porto de São Vicente.
Assim, na primeira descrição de 1527, assinalava-se aquilo que seria o Porto das Naus, da futura Capitania de São Vicente, junto à costa remansosa da ilha de Guaibê e na segunda assinalava a Praia do Góis (a praia da Ilha do Sol) hoje parte do município de Guarujá, onde primeiro fundeou Martim Afonso.
Estevam da Costa, vindo em 1535, como reza aquela escri-tura é , assim, o primeiro povoador e agricultor português documentado da ilha de Guaibê ou Santo Amaro, embora o nobre Jorge Ferreira o precedesse de dois ou três anos, fixando-se no Itapema (atualmente Vicente de Carvalho) sem escritura ou Carta de Sesmaria , ali se instalando com plantações e criações. São esses homens, portanto, os fundadores da colonização portuguêsa da ilha de Santo Amaro, podendo qualquer deles ser apontado como primeiro povoador – Jorge Ferreira sem documentação conhecida, em 1532/33 e Estevam da Costa, em 1535/36, podendo-se afirmar, consequentemente, que a vida social e agrícola da Ilha do Sol teve início entre os anos de 1532 e 1536.
Estevam da Costa desapareceria do cenário vicentino ao fim de alguns anos. Jorge Ferreira permaneceria: seria Capitão-Mór, Governador das Capitanias de São Vicente e Santo Amaro de 1556 a 1557 pela primeira vez e de 1567 a 1569 , pela segunda, deixando vasta prole de seu casamento com uma filha de João Ramalho.
Em 1699, ao fim da primeira grande indústria que fora a dos engenhos de açúcar, teria início em Santo Amaro uma indústria também categorizada, a do óleo de baleia, instalada no extremo norte insular
No século XIX a ilha de Santo Amaro virou entreposto de escravos e, mesmo depois da proibição do tráfico, navios negreiros atracavam furtivamente na praia da Enseada, que até hoje conserva alguns dos barracões usados para abrigar os africanos. A praia do Tombo era usada para descartar escravos velhos ou doentes.
A praia e sítio do Perequê em meados do século XIX era talvez a maior e mais famosa propriedade agrícola de toda ilha, com enorme frente e fundos até o rio da Bertioga. Pertencia então a Valencio Augusto Teixeira Leomil, que, entre outros negócios, dedicava-se ao tráfico de escravos, chegando a ser processado, condenado e a fugir do Brasil por alguns anos para a prescrição da sentença. Esse Valencio Teixeira Leomil ficaria ligado à história do Guarujá moderno pelo seu tino comercial, pois pediria à Câmara de Santos, em 1890, a concessão por 70 anos para instalar uma linha de trens de ferro do estuário de Santos até o Guarujá e à praia do Perequê, sua antiga propriedade. Obtida a concessão, poucos meses depois já a venderia à Companhia Balneária da Ilha de Santo Amaro, da qual seria Diretor Fiscal nos próximos tempos e aí, já em nome desta Companhia, obteria ele duas grandes áreas de marinha, no estuário de Santos (entre os rios “do meio” e “Santo Amaro”) e, ao fim da “Praia do Guarujá, para utilização e instalações da nova empresa.
Dai se daria a aproximação com os fundadores da futura cidade de Guarujá, o Dr. Elias Chaves e seu primo, Dr. Elias Fausto Pacheco Jordão, que entre 1890 e 1892 era sócio-gerente da Companhia Prado Chaves, uma das maiores firmas de exportação de café na cidade de Santos, pertencente a Elias Chaves, que foi quem pediu a ele que planejasse a construção da cidade balneária. Elias Chaves, após contratar com Valêncio Teixeira Leomil a compra de sua concessão para estabelecimento de uma estrada de ferro na ilha de Santo Amaro, fundou a Companhia Balneária, na mesma ilha, tornando Elias Fausto seu presidente e dando a Valêncio a posição de Diretor Fiscal, organizando em seguida os planos maiores para instalação da Vila Balneária do Guarujá, sobre traçado de sua autoria.
A encomenda feita por Elias Fausto nos Estados Unidos (alguns afirmam ter sido no Canadá) consistia numa cidade completa, do melhor pinho da Geórgia (equivalente ao pinho de Riga), um hotel com 50 quartos e mais várias salas, como a de refeições, bar, leitura (living e sala de estar); e ainda uma igreja, um cassino e mais 46 casas de residência, ou grandes chalés americanos, tudo desmontável e de grande qualidade (os chalés, em boa parte, existiam até a década de 60 em excelente estado de conservação e habitabilidade).
Enquanto não chegava dos Estados Unidos a vultosa encomenda, tratou o Dr. Elias Fausto de providenciar a construção de uma pequena estrada de ferro, que a princípio ia até a chamada Balneária, junto ao rio do meio, no estuário de Santos (hoje Ferry-Boat e princípio da avenida Adhemar de Barros) e mais tarde até o Itapema, à nova estação dos trens e das barcas ali construída. Para maior conforto dos passageiros e visitantes, ele mandou vir também duas amplas barcas a que deu os nomes de “Cidade de Santos” e “Cidade de São Paulo”, que inicialmente partiriam do Valongo, junto à Estação de Estrada de Ferro (Santos-Jundiaí) e aportariam ao portão da Balneária.
A estação de chegada da pequena linha férrea permaneceu durante mais de trinta anos junto à antiga Praia de Laranjeiras (ou Pitangueiras) quase em frente ao Hotel, passando depois para a rua Mario Ribeiro.
A inauguração desse hotel e da cidade de Guarujá verificou-se no dia 2 de setembro de 1893, com grande solenidade, vindo de São Paulo para esse fim o Presidente do Estado, Dr. Bernardino de Campos e seu ajudante de ordens, Luiz Alves da Gama Bastos, o secretário do interior, Dr. Cesario Mota Jr, o Bispo Dom Joaquim Arcoverde, Elias Chaves, seu primo Dr. Elias Fausto, presidente da Companhia e o Dr. Vicente de Carvalho (que havia sido pouco antes Secretário do Interior). A chegada dos visitantes e convidados verificou-se às 11 horas e trinta e cinco (da manhã) entre a alegria, as saudações e os foguetes dos representantes locais e muitos populares, principalmente pescadores de todas as praias vizinhas.
Para a montagem e direção inicial do hotel viera da Argentina Monsieur D’Huíque, o qual, com a competência e a prática que lhe apregoavam , organizou todos os serviços satisfazendo de fato e encantando toda a aristocrática frequência do então denominado Grande Hotel de “La Plage”, com o conforto de uma grande hospedagem.
Pouco tempo, entretanto, durou o belo hotel de madeira. Violento incêndio o devorou certo dia e novo hotel de tijolos, pedra e cal foi levantado em seu lugar, o qual teria por gerente em seus primeiros tempos o ilustrado Dr. Eulálio da Costa Carvalho, homem de cultura, energia e tino administrativo, que nele se instalou com suas filhas, fazendo-o progredir e criar fama.
Vários gerentes de alto nível teve o estabelecimento hoteleiro, que era como que a alma da pequena cidade balneária e por vezes com função diretiva também na Companhia, principalmente após a morte do velho Valencio Teixeira Leomil, ocorrida em 1900, aos 82 anos de idade. Como João Constantino Janacópulos, o celebrizado cidadão greco-brasileiro. Entretanto, os mais famosos chefes do Grande Hotel foram sem dúvida Daniel Souquiéres, fundador da célebre “Rotisseria Sportman”, em Santos e Vicente Rossatti, arrendatário do célebre Trianon, na avenida Paulista e do Bar Municipal, ambos em São Paulo, figura co-nhecidíssima e popular, Mestre de hotelaria e grande organizador de banquetes festivos e oficiais.
O Hotel, diga-se de passagem, era o grande animador do Guarujá, hospedando grandes figuras nacionais e internacionais, no comércio, na indústria, na política, nas finanças e animando o cassino de jogo, que era a usina financeira de toda a empresa e se apresentava então magnífico, cheio de lustres de cristal, vitrôs e dourados, estofados de couro da Rússia e tapetes da Pérsia. E dessa altura, em que o Guarujá esplendia em belezas naturais, o afreguezamento e a presença constante de notáveis figuras da indústria paulista como o Conde Francisco Matarazzo e depois seu filho, Conde Chiquinho, o Cavaleiro Ugliengo, o Dr. Ricardo Severo, o comendador Nicola Puglisi, o Conde Crespi e tantos mais, que deram maior progresso ao Guarujá, chegando alguns, como o Comendador Puglisi, à direção da Companhia Guarujá e à construção dos primeiros palácios residenciais da estância.
As melhores famílias de Santos e São Paulo, entre 1920 e 1930, ocupavam a maioria dos chalés americanos e adquiriram terrenos no loteamento inicial e em outros que foram surgindo no corpo central da nova cidade, que já possuia um cinema, um pequeno parque zoológico no velho bosque junto ao morro, muitas charretes pelas praias e dois importantes recreios, o das pedras, onde está hoje o edifício Sobre as Ondas, e o das Astúrias, altos, pitorescos e famosos por suas peixadas.
Não são de esquecer, como figuras conhecidíssimas e progressistas do Guarujá dessa época intermediária, o velho José Maria Gonzalez (o Zé Maria) que funcionando em vários setores da Companhia, mas principalmente no Cassino e na movimentação da grande roleta, fora também o iniciador das construções no outro lado da vila, além da linha de ferro, onde mantinha um bar e mercearia e algumas casas, sendo uma aquela em que residia com sua numerosa família. Até o campo de futebol, movimentado pelos filhos (Guarujá Futebol Clube) parecia ser obra sua; o velho Souza, português, residente nas bases do Tegereba, estabelecido com bar e mercearia, senhor de algumas outras propriedades no local que tinha seu nome (Vila Souza) ; o coronel Maia Filho, conferente da Alfândega de Santos, dono de uma granja de leite (a “Leiteria Modelo) , em verdadeiro sítio comprado aos herdeiros da família Chaves; o velho Fairchild, americano de Santos que passa por ter sido o primeiro morador da nova vila; Juventino Malheiros, que mais tarde seria o primeiro prefeito da Estância e mais alguns vultos representativos da primeira e da segunda épocas da Vila de 1893.
A nova fase, definitiva, do Guarujá é recente e teve início com as primeiras graduações recebidas após sua elevação a Distrito de Paz, por lei de primeiro de março de 1923, abrangendo todo o território da ilha e, principalmente, com sua desagregação do município de Santos até constituir-se em cidade e município.
Em 30 de junho de 1926, a lei 21.84 assinada pelo Dr. Carlos de Campos, transformava o Guarujá em Prefeitura Sanitária, sendo seu primeiro prefeito Juventino Malheiros, que ali residia desde muitos anos, sucedido por outros ao correr dos anos. Em 1931, o coronel João Alberto Lins de Barros, interventor federal em São Paulo, aboliu a categoria pelo decreto número 4.844, de 21 de janeiro, integrando Guarujá novamente a Santos, até que três anos e meio depois, em meados de 1934, o Governador Armando Salles de Oliveira, pelo decreto 1.525 de 30 de junho de 1934, criou a Estância Balneária de Guarujá, nomeando como seu prefeito o Dr. Ciro de Mello Pupo. Vários prefeitos sanitários teve então o Guarujá, como o Dr. Artur Costa, o Dr. José Costa e Silva Sobrinho, o Dr. Alvaro Parente e outros, até 1947, quando a lei orgânica dos municípios, promulgada em 18 de setembro, passou Guarujá de prefeitura sanitária a município, sendo seu primeiro governo municipal eleito para o período de 1948 a 1951.
Estava chegada então a fase áurea do Guarujá, cuja alavanca principal seria, de fato, embora pouco percebida, a construção da Via Anchieta, que se completaria com a Via Anhanguera na li-gação e na aproximação de todo o “interland” paulista ao litoral do Estado
A abertura da estrada de rodagem Guarujá- Bertioga, dobrando à esquerda na velha fazendinha do Perequê, de tanta tradição na ilha, junto ao velho solar e à antiquíssima Capela dos Escravos (modernamente da cantora Bidú Sayão, viúva de Walter Mocchi) atingindo o rio Bertioga e seguindo pela costa de dentro, através dos sítios de projeção no passado (Cachoeira, Ribeira, Jabaquara, Cortume, Ponte Grossa, São Pedro, Buracão, Pedrinha, J. Ferreira, Ponta Grossa, Laranjeiras e outros) até frontear a velha Bertioga, onde desde então passou a funcionar a balsa de travessia (ou Ferry-Boat) assim como a abertura de estradas melhores em todos os sentidos e direções, favoreceu a expansão turística e o aproveitamento total da Estância pela articulação num só corpo de todos os pontos magníficos, principalmente Iporanga de um lado, e praia do Bueno, Monduba e Guaiúba do outro.
Coincidiam os últimos fatos históricos de Guarujá com grande expansão litorânea do Estado, que atingiria Caraguatatuba, São Sebastião, Ilha Bela e Ubatuba, criando a necessidade de proteção aos pescadores, assustados pelo progresso e prejudicados por ele, afugentados de seus antigos lugares, vencidos pela va-lorização extrema e imprevista de suas terras, pelas técnicas mo-dernas de pesca e pelas grandes organizações pesqueiras, em sua maior parte.”
Trechos da publicação “Pequena História do Guarujá”, do Prof. Francisco Martim dos Santos”.
Domingos de Souza, filho do comerciante estabelecido nas bases do morro Tegereba, proprietário das terras conhecidas como “Vila Souza” (hoje, sede do clube de mesmo nome) foi prefeito do Guarujá por duas vezes. Em sua administração foi iniciado o loteamento da praia de Pernambuco, por Jorge da Silva Prado, além de muitas outras obras realizadas em parceria com o Padre Domênico Rangoni, um dos maiores benfeitores da ilha de Santo Amaro.
Durante a administração do prefeito Rafael Vitiello centenas de projetos foram aprovados, sem que houvesse infra-estrutura de fornecimento de luz, água, coleta de esgotos ou circulação de veículos para atender as novas construções e seus futuros habitantes.
As dezenas de milhares de pedreiros e outros trabalhadores que vieram durante o “boom” de construção imobiliária subsequente, acabaram por se instalar em favelas, as quais são hoje o maior problema do Guarujá, junto com o desemprego agravado pela baixa frequência de turistas fora da temporada de verão.
Após a inauguração da rodovia “Piaçaguera –Guarujá”, o balneário foi invadido por ônibus de turistas e milhares de carros, o que ocasionou verdadeiro caos no Guarujá. Nos anos 70, o prefeito Jaime Daige convidou o escritório de urbanismo do arquiteto Jaime Lerner para reurbanizar a ilha. Em seu projeto, Jaime Lerner conseguiu restringir o acesso de ônibus de excursão à praia de Perequê; reduziu o tráfego de carros na praia de Pitangueiras (apenas os proprietários de apartamentos podiam circular na rua da praia) e implantou um largo calçadão feito de toras de madeira, que permitiu aumentar o fluxo de pedestres na avenida beira-mar.
Infelizmente, a câmara dos vereadores de Guarujá aprovou novos empreendimentos que desfiguraram morros como o das Galhetas, na ponta dos Astúrias e o do Maluf, na ponta de Pitangueiras; permitiu a implantação dos condomínios de Tortugas e Sorocotuba, aumentando a emissão de poluentes e congestionando cada vez mais o balneário.
A gestão de Ruy Gonzalez cuidou de arrasar o que havia sobrado do Guarujá em uma administração que entrou para a história como a pior de todas, deixando para seu sucessor enormes dívidas. Até o prédio da prefeitura foi entregue sem luz e telefone (cujo fornecimento fora cortado por falta de pagamento).
O prefeito atual, reeleito por mais 4 anos, tem feito um excelente trabalho de recuperação da Estância e todos esperamos que Guarujá volte aos bons tempos de outrora, quando era chamado, com muita propriedade de “A Pérola do Atlântico”.